Gincana Juventude Viva

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Eu sou assim...
Nasci Mourão, dos de Diamantina.
Nasci no Rio, em Janeiro.
No dia vinte, quase me chamei Sebastião...
Mãezinha era ainda menina.
Por isso, brincava comigo.
E, confesso, até hoje brinca...
Por isso, levei comigo, por onde fui e vou,
A mágica da gargalhada.

É de minha mãe meu maior presente:
o primeiro livro
e o primeiro cartão de entrada
no mundo das letras
- uma ficha em uma biblioteca pública.

Bem precioso,
Que trago guardado
como tesouro de menino.

Nasci Mourão, dos de Diamantina...
Mas tenho mais asas do que raízes.
Dos diamantes, guardo o brilho dos olhos- que brilham pra tudo!

Descobri um dia, entre pilhas de livros:
Meu nome, Ney, é uma flauta sufi,
Vejam só!, feita de cascas de árvore!

O nome todo é comprido.
Por incrível que pareça,
com tão grande identidade,
nunca tive um apelido,
embora morresse de vontade.
Fiquei assim, pela vida:
Ney Mourão.
Imponente, não!?

Eu sou assim...
Sinto cheiro de mato e flor
no começo das manhãs
e vou assim, amor,
pelo dia afora...
E no meu coração aflora,
Sempre aflora, uma vontade eterna
de deitar em poças d’água.
Sou assim, feito louco.
Brigo pouco
mas muito pelo que quero.
Só me engajo no que acredito.
Por isso estou aqui...
Por isso estou ali...
Por isso estou sempre indo e vindo.

Sou assim...
Não sei fazer aritméticas complicadas,
pascais complexos, teoremas avançados,
mas escrevo poemas de amor pelos cotovelos.
Às vezes, até rimo... Se não, nem te ligo!

Homem das letras, nas cartas vaticinado.
Sim... eu juro! Tava lá, um dia, na carta da cigana, na palma da mão...
Tornei, então, meu ofício, a comunicação.

Social, apartidário, engajado...
Comunicólogo, mas multidisciplinar.

Multiinteressado no mundo
Multiquerendo tudo
Multibuscando entender... Aprender...

Utópico e sonhador.
No peito, no lugar de um coração,
A S A S!
Por isso, a missão
de buscar a liberdade!
Onde encontrá-la?
Na Espanha? Japão?
Israel ou no Ceilão?
Pus-me a estudar línguas.
De várias delas, sei hoje, um pouco.

Depois, descobri que o real interesse era a linguagem...
Ah, que fascínio!

As falas dos falantes...
As línguas mutantes...
As origens errantes...
Leitura... Leitura... Leitura...
Lendo os livros, acabei lendo as pessoas.
Lendo as pessoas, acabei lendo o mundo.
Leio, logo existo.
Persistente, sempre insisto.
Existo, logo concebo utopias.
Sou assim...
Desatinado como uma banda de música.
Dessas, de interior, com igrejinha e altar...
Já fui católico, protestante...
Bati tambor e usei turbante.
Podem acreditar:
já fui Hare Krhsna, um devoto militante.

Minha sala de estar não dá pra eu estar.
Eu sou tantos, que costumo acordar
procurando por mim.
Jornalista, DJ, locutor,
Radialista, animador,
Professor, Consultor.
Amante do Terceiro Setor.
Grafiteiro, poeta, vejam só!!! Já fui até ator!
Na juventude, até cantor!
Com a juventude, topo toda cor!
De gincanas a escola de samba...
De olimpíadas a corda bamba...
Sou sempre organizador!

De uma coisa faço questão:
Disseminar a ética, o amor e a união...
Há alguns anos, professor,
fiquei triste com a tristeza
de quem anda por aí, tentando aprender...
Aulas chatas... Cores tristes...
Dias cinzas... A risada? Inexiste!
Criar... Criar... Criar...
Um jeito novo inventar...
Um jeito novo de fazer...
Jeito novo de sonhar...
Brincar de roda, fazer ciranda, fazer gincana, cozer quitanda...
Assim são minhas aulas...
Nada métrica e rima, muita cor.
No quitute da quitanda,
gosto de andar até de banda...
Adoro inventar dinâmicas
pra que tudo fique mais dinâmico...
Gosto de inventar motivos
para o riso, para que a alegria seja reinventada
- todo dia!
Só se aprende brincando...
Jeito novo de sonhar.
Mundo mundo vasto mundo.
Mundo gira, mundo corre... Acelera, mundo!
Tão longo discurso, tá na hora de acabar!
E, pra acabar, antes que o cansaço faça presença de espantar,
Mando o meu abraço, meu bom dia...
E, é claro, a cada amigo,
Meu desejo de sucesso, com a maior alegria!!!