"Eu sou uma corda de violão. Às vezes aço, às vezes nylon, às vezes folk, às vezes flat. A música produz em mim o campo magnético que gera a força-íma-permanente do que eu quero atrair. Alimento-me da corrente alternada do amor, dar e receber. Palavras, imagens e sons são a ressonância do que me toca. E tudo que é vida, toca-me! Tudo que me toca, faz-me vibrar! E se vibro, sôo! Às vezes solo, às vezes acorde, às vezes lindo. Às vezes dissonante, trastejante, desafino. E como corda, condutora e tensa. Às vezes bamba, às vezes tesa. E se tensa ou bamba, posso ser bossa ou samba, jazz, blues, ritmo e poesia, xote, baião, tesão.
Se difícil me encontrar, prossigo no talento, com a ajuda dos amigos que a vida me trouxe no vento. E quanto mais anos de vida, mais amigos e mais amores a vida me dá, mais "amacia" o que é áspero em mim, ampliando minha capacidade de soar.
Se quebro, a natureza se encarrega de substituir por outra de mim mesma, no mesmo tom, aprimorada. Porquê afinal, o que importa é não perder as propriedades sonoras e a capacidade de afinar. Na corda bamba da vida... vivo. Tensa, tocada, vibro. E se vibro, sôo. O show da vida não pára!"
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